A cada minuto que passa a minha ansiedade aumenta. O nervoso
miudinho já instalado no meu corpo há uns dias, acentua-se mais com o aproximar
do dia.
Tu, minha linda avó, só deitas as mãos à cabeça. Perdeste o
teu brilho natural nos olhos, perdeste o teu sorriso e aquelas gargalhadas que
sabe tão bem, ouvir. A tua voz não se ouve, deves andar perdida nos teus
pensamentos. Estás a emagrecer a olhos vistos, pálida e sem qualquer expressão
na cara. O teu olhar, pede urgentemente por ajuda. Custa-me ver-te assim,
perdida.
Amanhã é o dia, o dia de tudo ou nada. E acredito que o bem
irá prevalecer, e que irá tudo correr pelo melhor. Só gostava que acreditasses,
como eu acredito avó...